Ministro da Fazenda diz que, caso medidas não sejam tomadas, CMN agirá
BRASÍLIA – O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, deu um mês de prazo para que as empresas de cartão de crédito baixem os juros. Se as taxas para os consumidores não caírem, o Conselho Monetário Nacional (CMN) passará a exigir que as operadoras repassem os recursos para os lojistas num prazo menor que os atuais 30 dias. Assim, o preço para o consumidor pode baixar.
— Se os bancos não começarem a baixar os juros, o CMN toma essa decisão em janeiro. A linha é diminuição do prazo de pagamento ou a queda de juros voluntária no sistema. O Conselho Monetário tem um instrumento muito forte aqui, que é o prazo — falou o ministro, que completou:
— Vamos observar essa queda de juros. Se não houver a queda, vamos mexer no prazo.
Durante a tradicional entrevista coletiva de fim de ano, o ministro da Fazenda foi questionado sobre uma possibilidade de retaliação das operadoras de cartão de crédito, que teriam ameaçado a aumentar os juros se o governo partisse para a ofensiva. Ele disse que não espera isso.
— Acho pouco provável que o Sistema Financeiro Nacional vai usar qualquer retaliação conta o Conselho Monetário Nacional, a Fazenda ou o Banco Central.
Fonte: O Globo